Saturno


Nunca um ano foi tão intenso como este foi, e em massa, não teve uma pessoa que não se balançou ao menos por algum ponto de sua vida. Mas não quero falar dos problemas, e sim do que aprendi. Com saturno pude enxergar minhas sombras e sua profundidade tive que saber, ao me jogar nas sombras, enxerguei tantas partes de mim que nem imaginava ter e que ainda não estavam curadas e que nunca mais tinha passado em minha mente, lixo guardado de anos, da infância, das dores de um amor, do que inventei como verdade, e que não passaram de nada para os outros, e algo enorme pra mim, e que agora se tornou um ponto, que ficou pra trás, mas a qual não se deve eliminar por completo, pois temos que saber de nossas sombras, senão qual seria o sentido da luz, ou mesmo do que podemos melhorar em nós ao saber do que temos em nós. E que profundidade intensa, que topou meus olhos até para o que estava ganhando em minha volta, ao que tinha, ao que era, ao que estava acontecendo simplesmente, já não conseguia enxergar nada com clareza, tudo se retornava ao que era tão escuro e nem luz se transpassava e parecia que estava nadando sem rumo, a ponto de afogar num rio tão escuro que seria impossível de sair, mas um barco surgiu e ao ver a imensidão escura, fui puxada e salva a tempo de conseguir ver com clareza tudo novamente, já não existia a escuridão, nem o barco, nem o rio, apenas eu e o que restou do meu ser a toda vivencia sentida na alma, que quando senti que sai de tudo aquilo, foi como nascer de novo, um novo ar entrou e pude respirar, um novo lugar e pude perceber quem estava comigo e um novo eu estavam me esperando.  

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