Costumava


Costumava ver nas sombras formas, e em meus olhos o próprio olho de uma fera. costumava me sentir culpada pelos outros, e ter uma compaixão a qual trazia nada a não ser dor e peso pelo que sentia aos outros. Costumava me sentir fora do que era posto, pelo que tinha que ser pela família e amigos e me sentia cada vez mais vazia ao todo, ao social, ao que colocavam. Costumava acreditar nas pessoas, mas percebi que tenho que acreditar muito maia em mim, pessoas jogam ao que querem, outras mais outras menos, mas todos nos fazemos isso e me incluo. Costumava me sentir menos que os outros, não me bastante, nem mesmo me amando, não é tao fácil assim ter amor próprio, palavras não definem totalmente o que você tem em si. Costumava perceber dos momentos instantes únicos, mas parece que topava meus olhos pra muitas outras coisas. Costumava não olhar pra mim, até perceber que ninguém vai fazer por mim, senão eu mesmo. Costumava esperar muito do outro, o reconhecimento ou valorização, ate perceber que é por mim que deve ser feito, pela minha alma, se esta em equilibro, tudo certo, do contrário, o que posso fazer para melhorar, ou mesmo não fazer, iluminar pois não faz parte do que tenho que fazer. Costumava colocar peso dos outros para mim, até perceber que precisava me impor e notar que todo peso que sentia, nem 10% era meu. Costumava procrastinar, até perceber que não adianta esperar do outro, ou acumular, e que não preciso fazer tudo hoje, o pouco a cada dia, já basta para tanto que se resulta no final. Costumava não levar a vida leve, e ainda estou aprendendo, e perceber que tudo é tao sutil que só cabe a nos sermos mais leves e sorrir para tornar e acostumar com o que a vida é.

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